De início, devemos deixar claro que fazer mudanças é quebrar paradigmas, e ir além. Ao quebrar alguns paradigmas vai se criando outros. Afinal, dessse forma se quebra também crenças disseminadas.
Para criar mudanças e fazer gestão é preciso criar um sentimento muito claro de: intuição junto com a razão. A motivação é de extrema importância, mas não é tudo. Às vezes você assume um cargo de gestão estando super motivado e acha que isso é o suficente, e não é. É preciso que na gestão, mesmo que cedo já ter essa percepção em mente.
A Gestão estadual, tem um importante papel na macrofunção, que está presente na constituição. Encontrar alguém apto a exercer esse papel é peça fundamental para a gestão. Afinal, um dos pontos críticos na gestão é justamente isso, achar que é capaz de fazer tudo sozinho. Você enquanto gestor, é necessário identificar o que é importante para ser feito com as próprias mãos e o que é necessário delegar para uma outra pessoa apta à função.
Trabalhar a qualidade, é uma outra ótima estratégia para se fazer a gestão. Afinal vai ser buscado todo o arcabouço legal, a formatação técnica, normatização, melhores práticas, trabalhar com a evidência cientifíca, procurar focar em cima dos problemas. Buscar soluções, para não só resolver os problemas, mas também evitar que aconteçam novamente, criar também um sistema de gestão de riscos que possa antever o que pode acontecer e prejudicar o resultado da instituição de saúde.
Facilitar e desenvolver inovações dentro de um sistema que é complexo, como o sistema de saúde, que é conhecido pela sua dificuldade em gerenciar. Mas quando se trabalha com métodos, ciência, melhoria contínua, melhores práticas, facilita um pouco mais esse trabalho.
Essa colaboração também tem muito a ver quando entendendemos a diferença entre grupo e time, existe uma sinergia de saberes. Muitas vezes existe um grupo de pessoas, que se delegam tarefas e atribuições, ficando como resolvido, como já foi apontado antes, não se faz nada sozinho.
A ideia de compartilhar é justamente no sentido de fazer essa sinergia, uma conexão de saberes. Por exemplo: existe uma determinada situação de conflito, onde um profissional procura um gestor e esse gestor dá uma determinada solução para o problema apresentado, mas insatisfeito esse profissional vai em busca de outro gestor, que sem saber dá a mesma solução para o problema.
É aí onde encontramos essa sinergia, integração, compartilhando os mesmo valores e principíos. Dessa forma as pessoas tomam decisões melhores, mais assertivas, quando ela entende qual o DNA da instituição.
Essa questão apresentada, também tem muito a ver com a governança em saúde, por meio dele, foi identificado que os indicadores que são acompanhados internamente na instituição, são muito importantes, seja os de desempenho, eficiência, eficácia, efetividade
Mas mesmo sendo muito importantes, não são suficientes. Afinal eles olham para dentro da instituição e a instituição é uma célula, que se relaciona com outras células. A visão da governança é justamente para ir além dos muros da instituição e olhar para a sociedade.
A governança, surge pela necessidade de criar uma série de valores e princípios para poder avaliar de uma forma mais ampla as intituições, trabalhando não só no nível de liderança maior, mas sim a todos os níveis hierarquicos, desde a emergência ao dirigente maior da corporação, todos vão ter esse movimento de participação em algum nível de governança.
Sendo assim o princípio da governança é definir rumos, prever o impacto social dessa instituição, saber qual o seu papel no contexto desse sistema e também ter uma sustentabilidade, conseguir que a instituição se mantenha crescendo sustentável.
Para isso acontecer, é necessário criar um pacote de medidas, de cuidados, de atenção, para poder avaliar melhor o resultado da sua instituição e poder norteá-la para um caminho melhor.
Resgatando uma moral e ética que vai cultivar valores e mudar mentalidades, trazendo uma nova forma de pensar e de agir dentro da instituição.
*Conteúdo retirado do I Fórum Gestão Executiva, na mesa: Os Desafios e Avanços na Gestão em Saúde no Século XXI. Com Henrique Javi, João Batista, Socorro Martins e Flávio Deulefeu.
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